Em 2025, vivi uma experiência que marcou profundamente a minha trajetória empreendedora. Participei do Laboratório de Ideação do TecnoparqUFV, um programa que reúne pessoas com vontade de tirar ideias do papel, remodelar projetos e se conectar com um ecossistema de inovação vibrante.

Eu descobri o laboratório quase por acaso, rolando o feed das redes sociais. Era aquela fase em que eu tinha vários projetos engavetados, mas um deles sempre insistia em me chamar. Então, respirei fundo e decidi enviar justamente aquele que eu sabia que merecia uma chance real.

Para minha surpresa e alegria entre os muitos inscritos, meu projeto ficou entre os 10 selecionados.

A jornada começou com uma série de workshops incríveis, ministrados por profissionais do ecossistema de inovação. Infelizmente, não consegui acompanhar o início ao vivo porque estava no Summit do Google em Dublin (assunto para outro artigo aqui no blog). Mas o time do TecnoparqUFV é impecável: assim que voltei, pude acessar todo o conteúdo e me atualizar sem perder nada.

Durante o programa, mergulhei em temas que vão muito além da criatividade. Aprendemos sobre estruturação de projetos, estratégia, validação, finanças e principalmente sobre como transformar ideias em algo possível, real e sustentável.

E então chegou o grande momento: o Pitch Day.

Se você não está habituado ao termo, o pitch é uma apresentação curta e direta, em que você explica seu projeto para uma banca avaliadora, mostrando problema, solução, diferencial e potencial de crescimento. É rápido, intenso e totalmente desafiador.

E aí entra meu ponto sensível: falar em público.

Preparei minha apresentação com carinho, estudei cada palavra, revisei minha proposta e, mesmo com a timidez querendo me atrapalhar, fui.

Depois das apresentações de outros projetos incríveis, a diversidade de ideias, áreas e propósitos me deixou ainda mais inspirada. O nível estava altíssimo. Então, chegou a minha vez de apresentar o projeto, algo que já estou validando. Ele é focado em ajudar pessoas a se posicionarem no digital e empreenderem com estratégias simples, práticas e reais.

Quando o momento da avaliação chegou, confesso: meu coração acelerou.

Escutei meu nome e, por alguns segundos, achei que tinha entendido errado. Sabe aquela sensação de estar distante do próprio corpo? 

Até que a ficha caiu: meu projeto tinha sido selecionado entre os destaques.

E mais: fiquei em terceiro lugar!

Sendo o único projeto da área de marketing, isso me trouxe uma felicidade imensa. Não apenas pela classificação, mas pela validação. Foi a prova de que o que faço tem propósito, tem valor e pode realmente ajudar outras pessoas.

Mas, acima de tudo, esse dia marcou a superação de um medo que eu carregava há anos: falar em público.

Saí dali com o coração cheio. Validei meu projeto, ganhei confiança e percebi que coragem é justamente isso, fazer mesmo com medo.

Minha lição dessa história?

A gente sempre acha que ainda não está pronta, que precisa estudar mais, organizar mais, se preparar mais. Mas, no fim, o que muda tudo é o movimento. Enviar a inscrição mesmo com dúvida fez a diferença. Apresentar-se mesmo com a voz trêmula transforma a experiência. Acreditar que seu projeto merece ser ouvido abre portas que você nem imagina.

E, nesse processo, uma coisa ficou ainda mais clara para mim: outras pessoas com o mesmo objetivo que o seu não são suas concorrentes, muito menos suas inimigas. Dentro do laboratório, mesmo com a expectativa do prêmio, com as colocações que podem fazer diferença na nossa carreira, o clima nunca foi de competição, muito pelo contrário.

Torcíamos uns pelos outros. Aplaudia cada apresentação. Vibrava com as ideias que surgiam. Compartilhava dúvidas, medos e descobertas. Era uma energia tão positiva, tão leve, que ficou impossível não perceber: quando pessoas com propósito se reúnem, o crescimento deixa de ser individual e vira coletivo.

Esse espírito colaborativo me marcou profundamente. E reforçou algo que eu já venho aprendendo no digital: quando a gente se une, todo mundo cresce. Quando compartilhamos, todo mundo evolui. E quando celebramos o sucesso do outro, abrimos ainda mais espaço para o nosso próprio sucesso florescer.

Encerrando essa parte da minha jornada, deixo meu agradecimento a toda a equipe do TecnoparqUFV, especialmente a Ana Carolina. Obrigada pela oportunidade, pelo apoio em cada etapa e por criarem um ambiente tão acolhedor para quem decide tirar uma ideia do papel. Essa experiência transformou não só o meu projeto, mas também a forma como eu enxergo meu próprio caminho como empreendedora e sou imensamente grata por isso.

Quer conhecer mais o TecnoparqUFV, sobre o Laboratório de Ideação ou sobre outros projetos que tem por lá?